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Brasil

Publicada em 08/04/25 às 16:51h - 14 visualizações
2ª FEIRA ANDORINHAS CONTA PRINCIPALMENTE COM ARTISTAS NEGROS, LGBTQIAP+, PCDs E MULHERES
Evento vai reunir literatura, artes visuais, música e gastronomia no dia 12 de abril, no Parque Fernão Dias, em Contagem

Assessoria de Imprensa

 (Foto: Arquivo Feira Andorinhas)


Feira Andorinhas, depois de uma edição histórica em 2024, está de volta. No dia 12 de abril, entre 9h e 17h, no Parque Fernão Dias, em Contagem, na Região Metropolitana de BH, a segunda edição do evento literário retorna com o tema “Arte Acessível, Inclusiva e Democrática”, reforçando a missão de ser um espaço de fomento à literatura e à produção artística independente. O acesso ao evento é gratuito.


“Acredito que a arte e a literatura são instrumentos de transformação pessoal e mobilização social. Por isso, devem ser acessíveis a todas as pessoas, independente de diferenças, limitações, faixa etária ou classe social. A Feira Andorinhas busca democratizar a participação de artistas e autores/as de forma livre e gratuita, considerando a diversidade racial e de gênero, valorizando a arte de pessoas com deficiência, assegurando o tratamento com respeito e sem discriminação. Nossa palavra-chave é o acolhimento”, garante Andreia Carvalho, idealizadora do evento.


Após uma forte e intensa mobilização online, a 2ª Feira Andorinhas registrou 104 inscrições, que incluem 15 linguagens artísticas. Dentre os inscritos, 50% de denominam pretos e pardos, e mais de 52% são mulheres cis e trans. “Foi um desafio fazer a seleção, visto que, os trabalhos apresentados têm muita qualidade. Como o número de inscritos foi superior à nossa capacidade, seguimos critérios pré-estabelecidos, priorizando mulheres, pessoas negras, idosas, LGBTQIAP+ e PCD’S, além de residentes em Contagem, a fim de acolher uma diversidade artística e valorizando as diferenças, buscando anda promover a inclusão, a igualdade e dar visibilidade ao trabalho artístico dessas pessoas”, explica a produtora, revelando que 62 expositores(as) foram selecionados.


“Entre as selecionadas e os selecionados, além de jovens e adultos, temos crianças, adolescentes, idosas e pessoas com deficiência, o que é uma alegria muito grande para nós, pois demonstra que a arte não tem idade nem padrão! É importante destacar que muitas destas autoras, autores e artistas selecionadas são de Contagem, como Daniela Graciere, Fabi Santana, Dani Braga, Laila Torres, Mateus Silva, Fernando Perdigão, Rafael Assis, Rob Dutra, Primo, Grupo Artefatos, Lúdico em Ação, entre outros”, adianta a Andreia, reforçando a proposta da Feira Andorinhas em valorizar artistas e autores cujos trabalhos não encontram espaço nos circuitos tradicionais.


ATRAÇÕES. Além dos 62 expositores(as), a 2ª Feira Andorinhas conta com o Sarau Lítero-Musical, que contempla lançamentos de livros, intervenções poéticas, performances e apresentações musicais. Um dos pontos altos será a contação de histórias “Abayomi, o Encontro Precioso”, realizada pela educadora antirracista Vanderleia Reis. Outra atração imperdível é a história “Peter Pan Surdo na Terra do Nunca Ouve”, do ator e poeta surdo Hélio Alves, que traz uma reflexão sobre acessibilidade linguística e identidade surda.


A programação musical também promete fazer sucesso. Vai rolar o show “A Trinca do Vulcão” (foto abaixo), projeto liderado por Ayam Ubrais Barco, acompanhado pelos músicos Chedinho e David Moura. O repertório será composto por canções dos três álbuns do artista, trazendo novas roupagens para suas composições.


Outro marco desta edição é a inauguração da unidade da Biblioteca a Céu Aberto no Parque Fernão Dias. O projeto visa democratizar o acesso aos livros por meio de um sistema colaborativo, onde os leitores podem retirar e doar exemplares. Essa iniciativa reforça o papel da feira não apenas como um espaço de comercialização, mas também de estímulo à leitura e à formação de público.

  

2ª Feira Andorinhas acontece por meio do Edital Movimenta Multilinguagens, do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (FMIC). Apesar dos desafios, como os financeiros, a feira crava seu nome de uma vez por todas no universo cultural da Região Metropolitana. “Queremos colaborar para que a arte e a literatura destas pessoas sejam mais acessíveis, inclusivas e democráticas. Os espaços tido como oficiais, quando não são acessíveis a uma boa parcela da sociedade, tampouco dão conta de acolher a grande quantidade e diversidade de artistas, autores e suas obras produzidas de forma independente. A Feira Andorinhas se desafia a ser esse lugar de acolhimento”, finaliza Andreia Carvalho.


SERVIÇO

2ª Feira Andorinhas

12 de abril, das 9h às 17h

Parque Fernão Dias, em Contagem

Entrada Gratuita

Mais detalhes: @feiraandorinhas



Foto: Ayan Umbrais e a Trinca do Vulcão



SONHO DE CRIANÇA

Quando criança, Andreia Carvalho escrevia textos repletos de fantasias. Ela também fugia da sala de aula para ler a Coleção Vagalume e, entre uma página e outra, sonhava em ser escritora, em autografar suas obras e em encantar o público com seus textos. Conforme o tempo passou, a não mais pequena começou a trabalhar, trabalhar, trabalhar… O sonho adormeceu! No entanto, como canta o mago mineiro Milton Nascimento, “os sonhos não envelhecem”, e Andreia  já psicóloga social, produtora cultural e fotógrafa  encontrou um caminho para se reconectar com a literatura.


“Em 2020, durante a pandemia, produzi artesanalmente meu primeiro livro de poesias, o ‘Primavera, Outono e Outras Estações’, e iniciei a criação e organização do livro de poesias e fotografias ‘Furtacor’, publicado de forma independente, no ano de 2021. Queria que meus livros chegassem a mais pessoas, além da minha bolha. Porém, me deparei com a recusa das livrarias, a negativa dos eventos literários e a cobrança de inscrição em feiras de livros. Senti na pele o que muitas autoras, autores e artistas enfrentam”, conta Andreia, relembrando como nasceu a ideia de realizar um evento literário. “Este sentimento de impotência frente a um sistema excludente me desafiou a pensar em um evento que fosse acessível, democrático, gratuito e que pudesse reunir artistas e autores independentes, que promovesse a partilha e bons encontros para além das vendas”, completa.  


Foi assim que a Feira Andorinhas nasceu.




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